O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu em portaria do Diário Oficial da União (DOU), a situação de emergência em mais 26 cidades do país atingidas por desastres naturais. Desses reconhecimentos, 13 beneficiam cidades gaúchas que acumulam perdas com a estiagem. São elas: Agudo, Boa Vista do Incra, Vista Alegre, Cerro Branco, São Pedro das Missões, Cristal do Sul, Liberato Salzano, Santa Maria, Mata, Paraíso do Sul, Vista Gaúcha, Novo Tiradentes e Rio dos Índios. Já Alto Alegre, também no Rio Grande do Sul, obteve o reconhecimento federal após queda de granizo.
Oito municípios enfrentaram fortes chuvas: Inhambupe, Belo Campo e Caatiba, na Bahia; Pedro Canário e Mimoso do Sul, no Espírito Santo; Gonzaga, em Minas Gerais; Campo dos Goytacazes, no Rio de Janeiro; e Penha, em Santa Catarina. Também passam por um período de estiagem as cidades de Acopiara e Solonópole, no Ceará, e Santa Maria, no Rio Grande do Norte. Ainda no estado potiguar, a cidade Santa Cruz enfrenta a seca, que é um período sem chuvas mais prolongado do que a estiagem.
A estiagem que atinge o Estado, desde o final do ano passado, provoca a elevação diária de perdas e da lista dos municípios em situação de emergência. Até esta segunda-feira, 105 prefeituras notificaram perdas irreparáveis à Defesa Civil do Rio Grande do Sul. O número supera em 61 o total contabilizado em 8 de janeiro e está 93 acima das cidades afetadas em 27 de dezembro. O quadro é grave em todas as regiões.
Já o Fórum Permanente de Combate à Estiagem solicita medidas que amenizem os efeitos econômicos e sociais desencadeados pela falta de chuva no Rio Grande do Sul. Entre as proposições, estão questões relacionadas ao pagamento de auxílio emergencial de R$ 1 mil para famílias de pequenos agricultores, a construção de novas cisternas, liberação de recursos para a manutenção e ampliação do número de caminhões-pipa para o abastecimento humano, financiamento com juros subsidiados e renegociação de dívidas, entre outros.