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O dia 11 de setembro de 2001 marcou a história mundial. Integrantes da organização terrorista Al-Qaeda sequestraram dois aviões e os fizeram se chocar com as Torres Gêmeas do World Trade Center, localizado em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Outras duas aeronaves também foram tomadas pelos terroristas: uma bateu no prédio do Pentágono e a outra caiu em um campo aberto no estado da Pensilvânia. No total, foram quase 3 mil vítimas fatais.
A Itatiaia conversou com o economista brasileiro Larry Pinto de Faria Jr., que estava no 25º andar da torre norte, a primeira a ser atingida pelos terroristas. “Era uma terça-feira muito bonita, com um sol maravilhoso de final de verão em Nova Iorque”, lembrou ele.
“Eu estava trabalhando bem na janela. Senti o impacto muito forte, que mexeu com todo o edifício. O edifício chegou a fazer um pêndulo. Quando bateu, eu já olhei para a janela e começaram a cair pedaços de vidro, do avião pegando fogo. Naquele momento, eu já tive noção e a perfeita ideia de que alguma coisa muito séria tinha acontecido. Não tinha noção que era um avião, não tinha noção de nada”, continuou o economista.
Ele lembra que, assim como parte de seus colegas de trabalho, achou que havia sido um atentado à bomba, similar ao que tinha acontecido nas garagens do World Trade Center em 1993 com um caminhão carregado de explosivos.
“Eu só fui saber que era um atentado quando eu estava na metade da escada de emergência. Um cliente me ligou e perguntou ‘onde é que tu estás?’. Eu digo: ‘eu estou dentro do prédio, descendo. O que houve?’, perguntei para ele. Ele disse ‘fica tranquilo, foi um aviãozinho que bateu aí. Não é nada de terrorismo não. Pelo menos é o que estão falando aqui agora, ninguém sabe nada ainda, mas foi um avião que bateu aí’. Beleza. Quando a gente desceu, vimos que estava bem complicada a coisa”, conta Larry Faria Jr.
“Porque um aviãozinho que bateu lá não podia destruir um prédio daquele tamanho, não podia fazer o estrago que fez quando eu cheguei no térreo. Então, eu fui descobrindo as coisas aos poucos. A gente não tinha informação, estava dentro de uma escada de emergência”, concluiu o sobrevivente.
Professor de Relações Internacionais da PUC Minas, Jorge Lasmar aponta que antes do 11 de setembro a Al-Qaeda já havia feito ataques contra alvos americanos na África e que a principal motivação da organização terrorista era a presença e ocupação de tropas dos EUA no Oriente Médio.
“A Al-Qaeda muda a lógica do terrorismo até então. Entende que os ataques devem ser feitos não só no Oriente Médio, mas atingir também o chamado’ inimigo distante’. E aí os Estados Unidos é visto como principal inimigo”, explica.
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