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Com alguns mercados internacionais fechados, investidores brasileiros reagiram às medidas econômicas do novo governo, principalmente sobre a continuidade da desoneração dos combustíveis. O Ibovespa encerrou o dia em queda de 3,06%, a 106.376 pontos.
As ações da ordinárias Petrobras tombaram 6,67%, enquanto as preferenciais caíram 6,45%. Já as ações do Banco do Brasil recuaram 4,23%.
O ano começa com importantes medidas econômicas anunciadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O governo publicou nesta segunda-feira (2) a medida provisória que prorroga a desoneração dos impostos federais que incidem sobre os combustíveis.
Pelo texto da MP, ficam reduzidas a zero as alíquotas de PIS/Pasep e Cofins que incidem sobre diesel, biodiesel, gás natural e gás de cozinha (até 31 de dezembro) e gasolina, álcool, querosene de aviação e gás natural veicular (até 28 de fevereiro).
Na avaliação da agência Bloomberg, a MP é um dos fatores vistos com cautela por investidores, uma vez que, nos últimos pregões de 2022, os ativos locais tinham reagido bem à perspectiva de que as isenções acabariam na virada do ano.
Embora a continuidade da desoneração possa ter um impacto positivo na inflação, os agentes econômicos veem os danos fiscais causados por ela como mais graves. Durante o discurso de posse, Lula disse que revogaria o teto de gastos. Investidores aguardam, agora, definições sobre a nova regra fiscal.
O presidente também assinou a MP que estabelece o pagamento de R$ 600 no Bolsa Família. O novo salário mínimo, anunciado pelo presidente, ainda não foi publicado.
Além disso, um despacho em que Lula determina que ministros adotem providências para revogar atos que dão andamento à privatização de uma série de estatais, como Petrobras, Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) e Correios.
Também nesta manhã, economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação do ano passado de 5,64% para 5,62%. Foi a quarta queda consecutiva do indicador. A informação está no relatório “Focus”, divulgado nesta segunda-feira (2) pelo Banco Central, que ouviu mais de 100 instituições financeiras na semana passada.
Fonte: g1
Ibovespa — Foto: Freepik