Israel afirmou neste sábado que matou dois líderes do Hamas envolvidos nos ataques do último sábado.
Segundo o Exército israelense, um deles foi Merad Abu Merad foi morto após uma ofensiva aérea em um quartel-general usado pelos militantes islâmicos.
De acordo com a CNN, Abu Merad era o chefe do Sistema Aéreo da cidade da Gaza, e teria sido responsável por direcionar os terroristas durante os ataques.
O outre chefe do grupo islâmico morto seria Ali Kachi. Ele teria liderado um ataque a comunidades nas proximidades da Faixa de Gaza.
Segundo observadores, os bombardeios a Gaza nos últimos dias preparam a incursão terrestre.
Israel “iniciou os ataques aéreos para eliminar os comandos do Hamas, os principais dirigentes, os túneis, os depósitos de armas e os lança-foguetes a fim de reduzir os riscos”, explica Alex Plitsas, do centro de reflexão Atlantic Council.
Os pontos de circulação entre Israel e a Faixa de Gaza foram cortados, assim como o posto fronteiriço de Rafah, entre Gaza e o Egito.
Paralelamente, “a Marinha israelense impôs um bloqueio naval completo para se assegurar de que o Hamas não receba armas e outras provisões pelo mar”, acrescenta Plitsas.
E o Exército israelense admitiu, nesta sexta, que realizou incursões terrestres em Gaza “nas últimas 24 horas” para procurar “terroristas” e “armas”, assim como “pessoas desaparecidas”.
Espera-se que a operação israelense seja importante, devido à comoção provocada pelo ataque do Hamas.
“Os israelenses vão enviar todas as unidades de elite, veículos blindados, infantaria mecanizada, comandos e forças especiais”, enumera Pierre Razoux.
Estas forças vão dispor de “todo o apoio de fogo necessário”, de artilharia a drones, passando por caças e helicópteros de combate.
O objetivo inicial poderia ser dividir a Faixa de Gaza em duas, traçando uma linha entre o mar e o muro que a cerca, separando Rafah, no sul, da Cidade de Gaza, no norte.
Este especialista em Oriente Médio também espera “operações mecanizadas e blindadas para tomar as principais estradas, como em Beirute em 1982, antes de um ataque coordenado em todas as direções” por terra, mar e ar.
CP
Foto: YASSER QUDIH / AFP