Criticado mesmo por integrantes do governo por adiar o repasse do aumento de custos para os preços internos, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse nesta terça-feira que os reajustes anunciados para o diesel e a gasolina aconteceram no momento certo. Ele considera que o preço do barril de petróleo (em alta nas últimas semanas) já teria se estabilizado no mercado internacional.
Ele negou ainda qualquer interferência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na decisão – que era esperada pelo mercado -, afirmando que o chefe do Executivo “jamais, em tempo algum, (nem) sequer sugeriu algum muxoxo para fazer isso ou aquilo”.
Segundo Prates, se os reajustes tivessem levado em conta a média do mercado considerando o modelo de PPI (Preço de Paridade de Importação, que deixou de ser seguido pela estatal), o diesel teria sido reajustado em mais de R$ 1 (ante os R$ 0,78 efetivamente autorizados pela Petrobras), enquanto a gasolina teria subido pelo menos R$ 0,50 por litro (ante R$ 0,41 anunciados).
CP
Foto: Tomaz Silva / ABr / Divulgação CP