O Rio Grande do Sul obteve em sua safra de arroz 2022/2023 uma produção de 7,2 milhões de toneladas. O volume foi possível porque a cultura registrou no ciclo a segunda maior produtividade de sua história, de 8,79 toneladas por hectare, menor apenas que a contabilizada na safra 2020/2021, de 9,01 toneladas por hectare.
Em apresentação na manhã desta quarta-feira, o Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA) detalhou os dados finais da safra, a terceira num ambiente de estiagem, que trouxe prejuízos menores ao arroz do que a outras culturas, em razão da disponibilidade de irrigação. Mesmo em uma área plantada de 839,9 mil hectares, 13,9% menor que a do ano passado, quando foram semeados com arroz 957,1 hectares, a orizicultura obteve ganho de 5,4% na produtividade, usando a mesma base de comparação. Da mesma forma, o volume produzido no Estado teve um decréscimo de somente 6,5%, equivalente a menos da metade do percentual de perda de área.
O presidente do Irga, Rodrigo Machado, ressaltou que o desempenho demonstrado pelo setor é reflexo do compromisso do arrozeiro “em não deixar faltar arroz no prato do brasileiro”, mesmo com o direcionamento dado à diminuição de área.
De acordo com a diretora-técnica do instituto, Flávia Tomita, durante a safra 2022/2023, o produtor optou no plantio pelas cultivares desenvolvidas pelo Irga, que responderam por 64,5% das variedades semeadas, com destaque para a cultivar IRGA 424 RI, que representou 54,3%.
A autarquia divulgou ainda dados sobre o plantio de soja e milho em áreas de arroz. A oleaginosa chegou a 506 mil hectares plantados nas regiões produtoras, a maior marca registrada em 14 anos do levantamento feito pelo Irga, com produtividade de 2,58 toneladas por hectare. O milho, que estreou na pesquisa do instituto, obteve produtividade de 6,51 toneladas por hectare, numa área total de 12,8 mil hectares plantados.