Encaminha-se para o final mais uma eleição atípica no Rio Grande do Sul e talvez uma das mais importantes do período recente no Estado.
Em território gaúcho, uma segunda etapa da disputa, no dia 27, pode ocorrer apenas na Capital e em mais quatro municípios: Canoas, Caxias do Sul, Pelotas e Santa Maria. Nos demais, a decisão final se dará no prazo de apenas quatro dias.
Assim como as definições sobre as composições das câmaras municipais, que também terão papéis ainda mais estratégicos do que os tradicionais em função dos desafios pós-enchentes no Rio Grande do Sul. Os eleitores precisam, portanto, ficar ainda mais atentos e comprometidos com a responsabilidade do voto.
Os desafios dos eleitos não serão poucos, até porque os eventos climáticos extremos não são mais esporádicos e representam a nova e difícil realidade. Além de bilhões de reais, e das crises econômica e humanitária que precisam ser enfrentadas, irão se impor iniciativas como a elaboração de projetos técnicos, não apenas visando a reconstrução de infraestruturas que foram danificadas, ou eliminadas, mas também a necessária e urgente adequação das cidades aos novos tempos.
Neste cenário, os governos federal, estadual e municipais serão protagonistas. A resiliência climática, tão propagada em discursos de líderes globais, terá de deixar de ser um conceito defendido e almejado, para se tornar realidade. Caso contrário, teremos de viver e contar as próximas tragédias.
CP