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Mais de cem dias após enchente, nenhuma moradia prometida pelos governos federal e estadual foi entregue

Após promessas para junho e julho, União projeta disponibilizar pelo menos 80 residências para os atingidos pela inundação ainda em agosto; já o Executivo gaúcho deve entregar as 30 primeiras casas, que serão provisórias, na próxima segunda-feira (19), em Encantado.

o governo federal prometeu dar residências novas. Até o momento, no entanto, nenhuma foi entregue aos atingidos. Esta reportagem faz parte de uma série que mostra como está a reconstrução do Rio Grande do Sul em oito áreas essenciais para a recuperação do Estado (veja abaixo o cronograma). Os dados são do Painel da Reconstrução, do Grupo RBS. As casas que o governo federal prometeu serão entregues em duas modalidades. A primeira é por compra assistida.

Nesse modelo, mais de 5 mil imóveis já prontos para morar foram cadastrados na Caixa Econômica Federal. As famílias poderão escolher uma dessas residências, e a União fará a compra no valor de até R$ 200 mil por unidade. Por ser uma operação mais rápida, as primeiras residências que o governo federal entregará a famílias que perderam suas casas na enchente serão nessa modalidade.

Segundo a Secretaria Nacional de Habitação (SNH), nesta semana, 80 famílias estão sendo chamadas para iniciar o processo de escolha dos imóveis já cadastrados — serão 20 famílias de Canoas, 34 de Montenegro, 19 de Novo Hamburgo e sete de Porto Alegre.

Conforme o governo, a organização das famílias elegíveis, por município, prioriza as que apresentem o maior número de membros enquadrados nos seguintes critérios: crianças ou adolescentes, idosos e pessoas com deficiência. Após essa etapa, deve ser utilizado como critério de desempate a família que se enquadrar em menor faixa de renda familiar.

Inicialmente, o governo federal projetou adquirir as primeiras moradias via compra assistida para a população ainda em junho, depois em julho, e agora planeja entregar as primeiras casas em agosto.

A demora no processo, alega o Executivo, se deve à demora das prefeituras em cadastrar e enviar a lista das famílias que tiveram as casas perdidas pela enchente. Em muitos casos, por sua vez, as administrações municipais argumentaram ter dificuldades técnicas e de força de trabalho para realizar os cadastros com maior celeridade.

Texto: GZH

Foto: REUTERS/Leonardo Benassatto / REUTERS/Leonardo Benassatto




14/08/2024 – Grupo Guaramano

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